8 - Tragédia
Por ser compadre um do outro, prestar um favor, é bem-vindo. Afonso, cobrador de ônibus, casado, ganhava uma caronatodos os dias do Padrinho de seu único filho de 5 anos. O compadre deixava-o na rodoviária e voltava pra casa da comadre. Pedia ao afilhado esperar um pouco, fora de casa, pra conversar com a mãe dele...Isso vinha acontecendo alguns dias o que não deixou de chamar atenção e despertar a curiosidade do moleque, até que injuriado, de tanto esperar fora de casa, todos os dias, resolveu perguntar ao pai quando este voltasse pra casa! Tem certeza, meu filho que isso acontece todos os dias depois que vou trabalhar? E no dia seguinte Afonso desconfiado e querendo tirar tudo à limpo fez que foi, mas voltou da rodoviária com um taxi na cola do compadre e viu que ele tomava rumo de sua casa e pensou _ E não é que Zezinho tinha razão? Hoje vai ter morte! Armado até os dentes, entrou na casa pedindo ao filho que ficasse do lado de fora, mais uma vez. E flagrou-os! Viu o que não queria ver. _ O quê está acontecendo aqui? _Não é nada do que você está pensando, Afonso! _Quanto tempo estão me enganando, vamos acertar as contas agora! E a esposa friamente disse ao compadre: Esse homem não vale nada, mata ele mata! O marido se sentindo humilhado, ultrajado por ser um simples trabalhador foi tomado por uma raiva que sem pensar disparou vários tiros na esposa enquanto isso o outro teve tempo de alcançar a porta da rua e Afonso apontava e atirava pra rua mas, foi em vão...escapou! Agora Afonso se encontra em outra situação: preso, desempregado, infeliz, viúvo e sem saber que rumo dar à sua própria vida.
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