17. Sonhos
É tão fácil e rápido esquecer tudo que sonhou mas quando ela acordou ainda trazia a sensação estranha que aquele sonho lhe proporcionou. Percebeu que ainda lembrava do sonho. Sempre que sonhava, o lugar e as pessoas se repetiam. Desta vez foi com água, pulou no enorme rio à sua frente pra se juntar aos amigos que brincavam nadando. Mas ao mergulhar viu que se aproximava lentamente um urso amarelo, nadando, cada vez chegando mais perto. teve medo, ficou imóvel com a respiraão presa, mas mesmo tanto tempo segurando o ar, parecia que nunca lhe faltava, afinal, era sonho. O urso se aproximou e se afastou, num gesto quase humano em nadar, sem perceber sequer sua presença. Só ficou o rastro de bolhas que ele fazia nadando. Logo a cena muda, passa para uma casa onde se via uma janela ao fundo, e dessa janela podia ver la fora a torre despencando com uma mulher pendurada. Sobre essa torre se via também uma enorme caixa d'água, o acidente, a mulher caída ao chão, o corpo esticado...morte! Pessoas estranhas são freqüentes em seus sonhos, mas a conversa com elas se dá como velhos e distantes conhecidos...parece de outrora. Outro sonho que sempre repete é o da sala semi-escura com uma mesa sem fim e nela serve chá, com xícaras e pires brancos, também enormes. Mesmo vazia a sala, sobrava só a pontinha minúscula da mesa pra ela se acomodar. Sonhos, meros sonhos, um dia quem sabe ela descobrirá a razão, uma explicação para seus estranhos sonhos!
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